- acompanhamento
- agenda
- aos cuidados de
- artistas
- autores
- colecionismo
- crítica de arte
- curadoria
- cursos
- editorial
- english
- entrevistas
- exposições
- fachada
- feiras
- galeria
- grupo de estudos
- internacional
- labexpo
- livros
- nômade
- oficinas
- parcerias
- periódicos
- portfólio
- processo criativo
- projeto coletivo
- residências artísticas
- sistema de arte
- teoria da arte
- tópicos
- vitamina
Lilian Walker – Territórios da experiência
Nas sombras, nos brancos, nas massas, no corpo: a paisagem não tem coordenadas fixas nos trabalhos de Lilian Walker. Não um olhar à distância, contemplativo, mas a paisagem como forma de apresentar a imagem do lugar de familiaridade com o espaço, de delimitar territórios da experiência.
Explorar lembranças ilusórias, ou até imaginárias, de lugares por ela visitados é um dos veículos do seu processo de criação. Seu interesse na paisagem está atrelado à implicação dos corpos que a experimentam: ora o corpo da artista, por meio das vivências pessoais no espaço, ora o corpo do outro, ao integrá-lo à obra. Valendo-se de linguagens e materiais diversos, o que surge do encontro entre experiência e imaginação no fazer artístico são lugares fictícios, geografias indefinidas, novas paisagens.
A relevância do contato pessoal com a paisagem dentro do seu processo criativo trouxe a percepção do próprio corpo como um território, destacando a pele como órgão que delimita e ao mesmo tempo estabelece contato com o mundo.
A pesquisa mais recente da artista transfere a fonte de matéria para o corpo, enxergando-o como suporte para a criação de um novo lugar, com superfícies, relevos e horizontes próprios. O corpo é suporte para paisagem e a fotografia é suporte para pintura, até se entrelaçarem os volumes e texturas característicos de cada uma. Os novos horizontes criados expressam pertencimento, o corpo como elo de relação entre singularidade e identificação, indivíduo e entorno.